sábado, 28 de julho de 2012

INPE apresenta sistema de propulsão de satélites feito no Brasil


O subsistema de propulsão foi desenvolvido para a PMM, a Plataforma Multimissão, a base de satélites criada pelo INPE para uso no Amazônia-1 e no satélite de pesquisas Lattes.[Imagem: INPE]



Propulsão nacional
O INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) apresentou nesta segunda-feira o primeiro subsistema de propulsão para satélite desenvolvido no Brasil.
O equipamento, usado na correção de atitude e elevação de órbita dos satélites, operações comuns durante toda sua vida útil, deverá equipar o satélite Amazônia-1.
O subsistema de propulsão foi desenvolvido em parceria com a empresa Fibraforte para a PMM, a Plataforma Multimissão, a base de satélites criada pelo INPE para uso no Amazônia-1 e no satélite de pesquisas Lattes.
A PMM está sendo construída por um consórcio de empresas privadas, sob a coordenação do INPE.
Inicialmente serão construídos dois modelos idênticos, um de qualificação e o outro para voo no satélite.
Qualificação
O modelo de qualificação do subsistema de propulsão já passou pela sequência de testes que reproduzem todo os tipos de esforços durante o lançamento, além do ambiente hostil em que um satélite deve operar.
No Laboratório de Integração e Testes (LIT), em São José dos Campos, foram realizados os testes de vibração, termovácuo, alinhamento e vazamento.
Já no Banco de Testes com Simulação de Altitude (BTSA), em Cachoeira Paulista, aconteceu o teste de tiro real sob vácuo, que simula manobras em órbita. Todos os testes foram aprovados na etapa de qualificação.
"Como os testes foram realizados pela primeira vez em um subsistema de propulsão, os laboratórios tiveram adaptações em suas estruturas. O BTSA, que integra o Laboratório de Combustão e Propulsão, obteve investimentos para adaptações e melhorias", conta Heitor Patire Júnior, pesquisador do INPE que é o responsável técnico do projeto.
Nacionalização
Alguns equipamentos que fazem parte do subsistema de propulsão ainda foram importados por não haver produto similar no país - cerca de 60% dos equipamentos necessários para a construção de todo o satélite serão importados.
No caso do sistema de propulsão, a Fibraforte desenvolveu propulsores, válvulas de enchimento e dreno de combustível e gás pressurizante, tubulação e a própria estrutura e suportes do subsistema.
"Pelo INPE está sendo desenvolvido o catalisador que abastece os propulsores (onde o combustível sofre reação química gerando a propulsão nos motores), todo o processo de soldagem da tubulação que transporta o combustível entre o tanque e os propulsores, além do treinamento das equipes de vários laboratórios envolvidos nesse desenvolvimento", explicou Heitor.
Para os próximos satélites, a Fibraforte pretende desenvolver também o tanque de propelente. Com mais esse passo, sistemas de propulsão para controle de órbita e atitude de satélites estarão livres de barreiras de importação por sensibilidade tecnológica.
"Os novos desenvolvimentos relacionados ao subsistema de propulsão podem levar o país a ser autossuficiente em todos os equipamentos que hoje são importados, levando ao crescimento da nossa indústria aeroespacial", disse o pesquisador.

Impulso espacial
Há poucos dias, o IPEA, um órgão de pesquisas do governo, argumentou que o programa espacial brasileiro precisa de foco, enquanto a quase totalidade dos especialistas concorda que o que está faltando é investimento, para manter operacionais as empresas que desenvolvem tecnologias, a exemplo do modelo adotado pela NASA, nos Estados Unidos.
Há uma grande expectativa do setor com a criação da Visiona, uma empresa fruto da parceria público-privada entre a estatal Telebras e a privatizada Embraer.
O modelo da Visiona foi desenhado pelo ministro Marco Antônio Raupp no ano passado, quando ela presidia a Agência Espacial Brasileira (AEB), focado no desenvolvimento do Satélite Geoestacionário Brasileiro (SGB).
Conforme acordos internacionais, o Brasil tem até 2014 para colocar o SGB em órbita.
O pesquisador do INPE afirmou temer que a nova empresa acabe importando muitos componentes e não utilize a capacitação do INPE. Contudo, há planos para a fusão entre a AEB e o INPE.


FONTE SITE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA. INPE apresenta sistema de propulsão de satélites feito no Brasil. 17/07/2012. Online. Disponível em www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=sistema-propulsao-satelites-brasil. Capturado em 28/07/2012. 

terça-feira, 24 de julho de 2012

NASA vai procurar portais magnéticos em torno da Terra

As cinco sondas espaciais da missão MMS vão procurar os portais magnéticos, ou Pontos-X, que se espalham em torno de toda a Terra. [Imagem: NASA]




Pontos-X
Os "portais" estão entre os temas favoritos da ficção científica.
Portais seriam aberturas extraordinárias, no espaço ou no tempo, permitindo conectar os viajantes a reinos distantes distantes e inalcançáveis mesmo pelas naves imaginárias das histórias e dos filmes.
Um bom portal seria como um atalho, uma porta para o desconhecido - se eles realmente existissem...
Acontece que um tipo especial de portal de fato existe, e um pesquisador da Universidade de Iowa, nos Estados Unidos, financiado pela NASA, acaba de descobrir como encontrá-los.
"Nós os chamamos de pontos-X, ou regiões de difusão de elétrons," explica o físico Jack Scudder.
"São lugares onde o campo magnético da Terra se conecta ao campo magnético do Sol, criando um caminho ininterrupto que conecta nosso próprio planeta à atmosfera do Sol, a 149 milhões de quilômetros de distância," explica ele.
Portais magnéticos
As observações das sondas espaciais Themis, da NASA, e Cluster, da ESA, sugerem que estes portais magnéticos abrem e fecham dezenas de vezes por dia.
Eles estão localizados a algumas dezenas de milhares de quilômetros da Terra, onde o campo geomagnético encontra o vento solar.
A maioria dos portais magnéticos é pequena e de curta duração, mas alguns são enormes e sustentados.
Toneladas de partículas energéticas podem fluir através das aberturas, aquecendo a atmosfera superior da Terra, causando tempestades geomagnéticas e belíssimas auroras polares.
A NASA já tinha nos planos uma missão, chamada "MMS" (Magnetospheric Multiscale), para estudar o fenômeno.
Serão quatro sondas voando em formação, dotadas de detectores de partículas energéticas e sensores magnéticos, para tentar rastrear os portais magnéticos e tentar estudá-los.
Mas ainda restava um problema: como encontrar esses portais magnéticos, invisíveis e extremamente fugazes.
Foi esse enigma que o Dr. Scudder acabou de solucionar.

Agora os cientistas não vão mais ficar procurando a esmo pelos portais magnéticos; eles já sabem exatamente como encontrá-los. [Imagem: NASA]

Mapa do portal
Apesar de invisíveis e instáveis, os portais magnéticos possuem uma espécie de "poste de sinalização", segundo o pesquisador, um conjunto de indicadores que indica seu endereço com precisão.
Os portais se formam através de um processo chamado reconexão magnética, mesclando linhas de força magnéticas do Sol e da Terra, que se cruzam e se juntam para criar as aberturas.
"Os pontos-X são onde ocorrem os cruzamentos. A súbita junção de campos magnéticos pode impulsionar jatos de partículas carregadas a partir de cada ponto-X, criando uma 'região de difusão eletrônica'," explica o pesquisador.
Usando dados da sonda espacial Polar, que estudou a magnetosfera terrestre nos anos 1990, Scudder conseguiu identificar diversos pontos-X, que nunca haviam sido "vistos" aparentemente porque ninguém havia procurado por eles.
"Usando dados da missão Polar, encontramos cinco combinações simples de campos magnéticos e partículas energéticas que nos dizem quando estamos defronte um ponto-X, ou uma região de difusão de elétrons. Uma única nave, com os instrumentos adequados, pode fazer essas medições e encontrar um portal," explica.
Naves em alerta
Isto significa que cada uma das sondas da constelação MMS poderá encontrar portais e, tão logo localize um, alertar as outras naves da constelação.
Como são linhas magnéticas que se estendem pelo espaço, é importante efetuar medições de vários pontos, a fim de compreender a abertura dos portais e como funciona a aceleração das partículas que entram por eles, comparando sua trajetória e velocidade com a trajetória e velocidade de partículas que seguem a rota "normal", fora do portal.
A fórmula para calcular o "CEP dos portais magnéticos" também significa que, em vez de ficar anos tentando localizar os portais, a missão MMS poderá começar a estudá-los tão logo chegue ao espaço, o que deverá acontecer em 2014.
É um roteiro digno dos melhores portais da ficção científica, só que, neste caso, os portais são reais.


FONTE SITE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA. NASA vai procurar portais magnéticos em torno da Terra. 10/07/2012. Online. Disponível em www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=portais-magneticos. Capturado em 24/07/2012. 

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Ontem foi decepcionante ver o programa O Maior Brasileiro este exibido no SBT, não pelo programa em si e sim pelas escolhas assim efetuada. Infelizmente as pessoas colocam Luan Santana a frente de muitos baluartes que assim fizeram e continuam fazendo história em nosso Brasil. 
Nosso real patrono Padre Landell de Moura ficou em 91ºQuando é que as pessoas vão acordar e começar a dar valor a quem de fato faz pelo nosso pais, nada contra a este cantor mas colocar ele a frente de Landell de Moura de Maria da Penha ai é de mais!
Vamos acompanhar pois tenho certeza que o pior ainda esta por vir!!!




Nesta quarta (11), estreou no SBT o programa "O Maior Brasileiro de Todos os Tempos".
Inicialmente, o projeto contou com votação dos telespectadores. Após chegar a meta de 1 milhão e 200 mil votos, a emissora passou a produzir a atração.
Para esta segunda fase, foi definida 100 personalidades mais votadas. A partir daí, haverá programas semanais, onde depois de várias eliminações será eleito "O Maior Brasileiro de Todos os Tempos".
Sob comando de Carlos Nascimento, ontem foram apresentados 59 nomes. Os 41 restantes irão ao ar na semana que vem.
Com uma edição dinâmica, foi revelado os brasileiros da 100ª a 41ª colocação, alternando imagens de arquivo com depoimentos de convidados. Também houve apresentações musicais no palco, como de Ana Paula Valadão, Amado Batista e Jair Rodrigues.
O programa alcançou grande repercussão no Twitter. A cada nome divulgado, vários internautas comentavam, seja fazendo piada ou concordando com a escolha.
A hashtag "#OMaiorBrasileirodeTodososTempos" chegou ao topo dos Trending Topics Brasil e mundial, como o assunto mais citado durante várias horas.
Em termos de audiência, no ar das 23h30 à 00h57, a estreia de "O Maior Brasileiro de Todos os Tempos" garantiu o segundo lugar ao SBT. De acordo com dados consolidados do Ibope na Grande SP, foram 6,2 pontos de média, contra 23,3 da Globo, 5,8 da Band e 4,6 da Record.
 
Confira a lista dos nomes já divulgados:
100º Maria da Penha
99º Jô Soares
98º Vital Brazil
97º Ana Paula Valadão
96º Roberto Justus
95º Itamar Franco
94º Ronald Golias
93º Jorge Amado
92º Romário
91º Padre Landell de Moura
90º Anderson Silva
89º Tom Jobim
88º Cazuza
87º William Bonner
86º Amado Batista
85º Chacrinha
84º Chico Buarque
83º Joelma
82º Ronaldinho Gaúcho
81º Datena
80º Sócrates
79º Político não revelado, por estar disputando as Eleições Municipais
78º Fernando Collor de Mello
77º Marcos Pontes
76º Luís Carlos Prestes
75º Claudia Leitte
74º Lampião
73º Garrincha
72º Michel Teló
71º Lua Blanco
70º Marechal Rondon
69º Antônio Ermírio de Moraes
68º Duque de Caxias
67º Monsenhor Jonas Abib
66º Carlos Chagas
65º Reynaldo Gianecchini 
64º Ulisses Guimarães
63º Dedé, jogador do Vasco da Gama
62º Mazzaropi
61º Zico
60º Padre Marcelo Rossi
59º Marcos, ex-goleiro do Palmeiras
58º Roberto Marinho
57º Monteiro Lobato
56º Hebe Camargo
55º Paulo Freire
54º Missionário R.R. Soares
53º Zumbi dos Palmares
52º Carlos Drummond de Andrade
51º Paiva Neto
50º Rogério Ceni, goleiro do São Paulo
49º Gugu Liberato
48º Tiririca
47º Leonel Brizola
46º Raul Seixas
45º Visconde de Mauá
44º Elis Regina
43º Ivete Sangalo
42º Luan Santana
41º Machado de Assis

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Labre RJ comemorando om QSL Rio+20


Nos dias 20, 21 e 22 de Junho/2012, a LIGA DE AMADORES BRASILEIROS DE RADIO EMISSÃO - LABRE-RJ estará no ar com seu indicativo PY1AA, no grande evento da ONU no Brasil RIO+20. Quem fizer contatos durante este período estará recebendo um Cartão QSL comemorativo.


BANDAS - 80, 40, 20, 15, 10 metros


MODO - CW, SSB, Digitais 


QSL Via PY1AA - bureau ou direta SASE.


Acompanhe seus contatos pelo HRDLog - contatos pagos também pelo LOTW. 


Participem!!!


Fonte -  www.qrz.com/db/py1aa

terça-feira, 19 de junho de 2012

NASA: asteroide pode atingir a Terra em 2040


2011 AG5
Em uma nota confusa divulgada nesta sexta-feira, mostrando um claro conflito entre o desejo de não causar alarme e a necessidade de ater-se com fidelidade às informações disponíveis, a NASA anunciou os resultados das observações do asteroide 2011 AG5.
As observações feitas até o momento indicam que há uma pequena chance de que o asteroide 2011 AG5, descoberto em janeiro de 2011, atinja a Terra em 2040, diz a nota, embora a manchete no site da NASA diga o contrário.
Mas a pequena chance de impacto foi consensual entre os participantes de um encontro internacional promovido pela NASA para discutir as observações do asteroide feitas por astrônomos de todo o mundo, usando telescópios terrestres e espaciais.
O 2011 AG5 mede 140 metros de diâmetro.
Segundo a agência espacial, é provável que as observações ao longo dos próximos 4 anos reduzam a probabilidade do impacto para menos de 1%.

A expectativa será se, em Fevereiro de 2023, o 2011 AG5 passará ou não através de uma região no espaço que os astrônomos chamam de "buraco de fechadura", medindo 365 quilômetros de diâmetro. [Imagem: NASA/JPL-Caltech]



Buraco de fechadura
O nível de risco vai ganhar ainda mais clareza em 2023, quando o asteroide chegará a aproximadamente 1,8 milhão de quilômetros da Terra.
A expectativa será se, em Fevereiro de 2023, o 2011 AG5 passará ou não através de uma região no espaço que os astrônomos chamam de "buraco de fechadura", medindo 365 quilômetros de diâmetro.
Se ele passar por essa região, a atração gravitacional da Terra poderá influenciar a órbita do asteroide o suficiente para trazê-lo de volta para uma rota de colisão, que ocorreria em 05 de fevereiro de 2040.
Se o asteroide não passar pelo buraco da fechadura, um impacto em 2040 será descartado.
"Dado o nosso entendimento atual da órbita deste asteroide, há apenas uma chance muito remota de que esta passagem pelo buraco de fechadura ocorra," disse Lindley Johnson, do programa NEO, da NASA (Near-Earth Object Observation, observação de objetos próximos à Terra).

Estado de atenção
"Embora haja um consenso geral de que há apenas uma chance muito pequena de que poderíamos estar lidando com um cenário de impacto real para este objeto, continuaremos atentos e prontos para tomar medidas se as observações adicionais indicarem que ele está garantido," disse Johnson.
Vários anos atrás, um outro asteroide, chamado Apophis, foi considerado uma ameaça, com uma possibilidade de impacto semelhante prevista para 2036.
Observações adicionais, feitas entre 2005 e 2008, cientistas da NASA refinaram seus cálculos da trajetória do asteroide, mostrando uma probabilidade significativamente reduzida de um impacto com a Terra.
Embora os cientistas esperem que o mesmo ocorra com o 2011 AG5, eles reconhecem a pequena chance de que as probabilidades calculadas aumentem com os resultados das observações a serem feitas entre 2013 e 2016.
De acordo com os especialistas que participaram do evento, mesmo se essas chances aumentarem, haverá tempo suficiente para planejar missões para mudar o curso do asteroide.



FONTE - SITE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA. NASA: asteroide pode atingir a Terra em 2040. 16/06/2012. Online. Disponível em www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=nasa-asteroide-atingir-terra-2040. Capturado em 19/06/2012. 

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Nanotransístor a vácuo: o retorno das válvulas?


Era das válvulas
O mundo da eletrônica e dos computadores não nasceu transistorizado: nasceu valvulado.
Os componentes básicos dos primeiros circuitos eletrônicos eram as válvulas termo iônicas, um componente, ou uma série de componentes juntos, lacrados a vácuo dentro de um invólucro de vidro.
Estas válvulas continuam sendo utilizadas até hoje em equipamentos de potência muito alta, como retransmissores de rádio e TV, e em equipamentos de som de alta-fidelidade.
Os transistores as substituíram, inaugurando a era da eletrônica de estado sólido - observe um velho rádio de pilha e você verá escrito nele "solid state" - porque consomem menos energia e são muito menores, o que viabilizou a miniaturização.
Mas os transistores não são melhores do que as válvulas em todos os aspectos.

Enquanto as menores válvulas já construídas mediam algumas dezenas de milímetros, o nanotransístor a vácuo mede 150 nanômetros.[Imagem: Site Inovação Tecnológica/Wikimedia/I.B.Wright]

Transistor valvulado
Agora, um grupo de cientistas da NASA e do Centro Nacional de Nanofabricação da Coréia do Sul está relançando as válvulas eletrônicas em grande escala.
Eles construíram um transistor que funciona no vácuo, inaugurando o que estão chamando de nano eletrônica a vácuo.
E não foi por mero saudosismo que eles estão reinventando a válvula em nano escala.
As válvulas são mais resistentes a ambientes de alta radiação - como o espaço - do que os transistores.
E, mais importante, os elétrons viajam mais rapidamente no vácuo do que através de um sólido semicondutor.
Ou seja, as válvulas são um meio intrinsecamente melhor quando o assunto é lidar com a eletricidade.

Nanotransístor a vácuo
O problema das válvulas é que elas eram grandes e consumiam quantidades enormes de energia, esquentando tanto quanto uma lâmpada incandescente.
O nanotransístor a vácuo não sofre desse problema: com seus 150 nanômetros de largura, ele dissipa pouquíssimo calor.
A tensão de operação do protótipo de "transístor-válvula" é de 10 volts - pouco em relação às válvulas, mas elevado em relação aos transistores.
Mas os cientistas afirmam em seu artigo que esperam fazê-lo operar com 1 volt em um futuro próximo, o que o tornaria definitivamente competitivo com a tecnologia semicondutora atual.
Eles afirmam que o componente é talhado para aplicações em equipamentos de imageamento médico e telecomunicações de alta velocidade, além de aparelhos mais robustos para áreas agressivas, como indústrias químicas e nucleares, ou no espaço.

Bibliografia:
Vacuum nanoelectronics: Back to the future? Gate insulated nanoscale vacuum channel transistor
Jin-Woo Han, Jae Sub Oh, M. Meyyappan
Applied Physics Letters
Vol.: Published online
DOI: 10.1063/1.4717751



FONTE - SITE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA. Nanotransístor a vácuo: o retorno das válvulas?. 24/05/2012. Online. Disponível em www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=nanotransistor-vacuo-retorno-valvulas. Capturado em 25/05/2012. 

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Escolas criam redes sociais próprias para interagir com Alunos


A notícia é de novembro de 2011 mas valhe em muito repeteco, isso pelo fato que grande parte dos alunos estão apenas atrelados as redes sociais convencionais. Prefiro falar que são redes sociais usadas apenas para armazenar e manipular os dados pessoais e que em nada contribui com o enriquecimento dos cidadãos em salvaguarda em com algumas exceções.


Além de Orkut, Facebook e Twitter, os alunos da Escola Parque, no Rio de Janeiro (RJ), tem mais uma rede social para administrar durante o dia: a EP2, que reúne somente estudantes e professores do colégio carioca. Com a presença de mais de 700 usuários, o espaço facilita a comunicação entre colegas, educadores e também preserva a participação dos alunos mais novos na internet.
Atualmente, a maioria das escolas usam comunidades em redes sociais abertas, como Orkut e Facebook, para se comunicar com os estudantes. Contudo, a direção da escola Parque começou a receber reclamação dos pais, que muitas vezes não permitiam que seus filhos frequentassem todos os ambientes da internet. "Depois de muitas reuniões nós decidimos criar uma rede somente para a população do colégio", conta Giocondo Magalhães, coordenador do ensino fundamental II (da 6ª série à 9ª).
A criação da rede foi feita juntamente com os alunos e professores, que opinaram no design, organização do site e aplicativos essenciais. "Funciona como qualquer outra rede. Tem espaço para criação de perfil, fóruns de discussão e até mesmo bate-papo", conta Magalhães.
Lançada em abril deste ano, cerca de 1,3 mil estudantes foram convidados para entrar na rede, que pode ser acessada somente por quem é da escola e com senha individual. O coordenador do ensino fundamental conta que a direção discutiu muito se o site deveria ser aberto para todos os alunos do colégio. "Percebemos que seria mais seguro trabalhar com os estudantes a partir do ensino fundamental II. A maioria das redes só aceitam usuários maiores de 13 anos, a EP2 aceita a partir dos 10", explica.
Antes de abrir o site para os alunos, discussões sobre público e privado foram trabalhadas em sala de aula. "Fizemos palestras para todos os alunos da escola, explicando questões de privacidade e comportamento em redes sociais. Além disso, ensinamos a navegar na ferramenta", afirma.
Magalhães diz que os resultados já são visíveis. "Muitos professores postam vídeos que vão ser trabalhados em aula mais tarde, por exemplo. Outros recomendam livros, links e sites que complementam o conteúdo estudado", conta. O público que mais faz uso do meio virtual da escola são os estudantes com menos de 14 anos. "Temos um total de 700 participantes, sendo que a grande massa é do ensino fundamental. Isso acontece porque nessa idade a maioria dos pais ainda não permite que eles acessem sites como Facebook, por exemplo."
Apesar disso, o coordenador pedagógico conta que diversas interações sociais interessantes já foram observadas. "Vemos alunos fazendo trabalho em grupo a partir da rede, outros que faltaram aula pedindo para os colegas o conteúdo que foi passado e também a criação de diversos fóruns de discussão", conta, citando o fórum aberto por uma aluna que discutia se a escola deveria ou não trocar os livros didáticos por tablets.

Universidades também apostam em plataforma interna
A criação de rede interna também é aderida por instituições de ensino superior, como a Universidade Federal Fluminese (UFF), a Universidade Federal do Rio de Janeiro (Uerj) e a Faculdade de São Vicente (UNIBR), que criou o site Unielo, voltado para o relacionamento entre alunos, ex-alunos e professores da universidade.
Além de permitir uma rede de relacionamento somente para quem é da universidade, essas ferramentas disponibilizam conteúdos relacionados às aulas, como vídeos, textos e apresentações complementares, além de fóruns de discussão e material de base para provas, trabalhos e projetos acadêmicos.
Para José Armando Valente, pesquisador do Núcleo de Informática Aplicada à Educação da Universidade de Campinas(Nied-Unicamp), a criação de uma rede social própria é uma opção interessante para as instituições de ensino. Contudo, alerta para o fato de que a criação deve ter um objetivo pedagógico claro. "É essencial relacionar a rede com conteúdo escolar e preparar os professores para trabalharem com isso. Criar uma rede somente para comunicação é desnecessário, já que os estudantes podem encontrar isso em outros sites", diz.


FONTE - Site NOTÍCIAS TERRAEscolas criam redes sociais próprias para interagir com alunos.  25/11/2011. Online. Disponível Em  http://noticias.terra.com.br/educacao/noticias/0,,OI5487476-EI8266,00.html Capturado em 17/05/2012. 

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Soldados no Afeganistão utilizam Ondas Curtas


As forças da OTAN no Afeganistão começaram a utilizar equipamentos de onda curta de uma forma nada convencional auxiliando os oficiais locais a transmitirem comunicados a maioria dos ouvintes de radio na província de Zabul.
Nenhuma outra unidade, da Força Internacional de Assistência a Segurança, fez algo igual no pais, disse o Major Joel E. Fix, da brigada de combate. Temos condições de orientar o sinal transmitido para lugares específicos ou ainda cobrir, com sinal de ondas curtas, toda uma província. 
É a primeira vez que se utiliza um transmissor de alta potencia nas faixas de onda curta no Afeganistão. 
Este transmissor de ondas curtas possibilita ao governo afegão enviar comunicados e noticias para pontos de difícil acesso em Zabul principalmente para zonas rurais. 

Boca a boca
O radio e o boca a boca são as formas utilizadas para ficar bem informado nas zonas rurais do Afeganistão. A ISAF e a OTAN distribuem milhares de equipamentos de radio para toda a população do pais. Esta ideia de distribuir rádios a população surgiu dos soldados da OTAN que observaram o povo afegão e souberam que o radio é muito popular naquele pais. A maioria da população possui rádios em casa para saberem noticias através da radio BBC de Londres e Voz da America. 

Zonas de difícil acesso. 
O Major Joel E. Fix apresentou as ondas curtas como solução imediata de acesso a populações rurais e que resolveria os problemas de comunicação e envio e recebimento de informações. 
A medida que o governo afegão amplia seu poder em alguns distritos os soldados da OTAN auxiliam na divulgação de medidas sócio educativas, noticias e divulgação da Democracia Parlamentarista. 
Em setembro de 2011 governadores dos distritos de Mizan e Dey Chopan na província de Zabul convidaram a todos a participarem de assembleias e eleições utilizando as ondas curtas.
A cidade de Dey Chopan possui montanhas e elevações mais altas, da província de Zabul, e também os vales mais profundos. 
Com essa geografia Zabul não é um local de fácil acesso para as ondas de radio. 

Governo e soldados se unem
Soldados da brigada de combate de Stonewall brigade e da brigade de infantaria numero 116 juntamente com as tropas terrestres da primeira brigada mecanizada, soldados do primeiro batalhão dos Estados Unidos e Alasca e todas as equipes em Zabul se reuniram para buscar solução a esse problema de comunicação entre as tropas da OTAN e o povo do Afeganistão. 

As propostas descritas nas reuniões pelos soldados foram distribuição de panfletos, transmissões de áudio feita por aviões com falantes instalados nas aeronaves; mas todas essas ideias foram descartadas. 
O governo necessita de comunicar-se com seu povo mas a cobertura dos sinais era ruim agravando-se com a geografia do local. 
Chegamos a conclusão de que um transmissor em ondas curtas seria a solução. 
Quando cotei e analisei algumas marcas de transmissores de ondas curtas me recomendaram a procurar o engenheiro Don Butler que auxiliaria nesse difícil projeto disse o comandante Willian R. O´neal da brigada de infantaria numero 116. 
Don Butler, veterano da força aérea de 1960 e Radioamador do Texas, colaborou com o desenho e criação do transmissor. O indicativo de chamada de Don Butler é N4UJW.

A escolha do tipo de transmissão 
O sucesso das transmissões em ondas curtas deve-se a técnica denominada Onda Celeste de incidência quase vertical, ou do inglês NVIS ( Near Vertical Incidence Skywave), que reflete os sinais de radio na ionosfera. 
A diferença de uma antena vertical tradicional de ondas curtas para o sistema NVIS é que as antenas são colocadas na posição horizontal e próximas ao solo. 
A segunda parte da antena NVIS é montada com um cabo ligado a Terra que proporciona o direcionamento dos sinais para um local determinado sem perda e em ângulo reto.
Em transmissões de onda curta tradicionais as antenas são colocadas no ponto mais alto possível, disse o major Fix. Neste caso, os sinais são refletidos pela camada ionosférica conhecida como F2, mas a cobertura dos locais é limitada. 
Com o método NVIS e o cabo refletor o sinal sobe até a uma certa altura e segue em ângulo reto proporcionando a cobertura de vales e montanhas. 
A operação e manutenção ficaram a cargo das forças de coalisão incluindo soldados americanos. 
A primeira vista o transmissor e as antenas, presas com corda de paraquedas, não parecem muito eficientes mas foi a solução das comunicações no Afeganistão. 
Nosso objetivo é doar este sistema, e todos os equipamentos, para o governo que ajudarão nos momentos de transição. 
A diferença das novas tecnologias utilizadas hoje e das tecnologias utilizadas pelos soldados da operação Liberdade Duradoura é que o transmissor de ondas curtas e as antenas são de baixo custo e eficazes. 
Para cobrir uma área parecida com a área no Afeganistão seriam necessários 32 transmissores na faixa de FM, disse o sargento Francis O´Brien.
Francis O´Brien é membro da equipe de combate da brigada de infantaria numero 116 da Guarda Nacional do exercito de Virginia que trabalha na província de Zabul no Afeganistão. 

Este artigo foi uma cortesia do Terceiro exercito dos Estados Unidos.


Tradução: Mauricio Beraldo - PY4MAB
Fonte: BBC Londres 

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Chip gerador de fótons tira computador quântico do Laboratório

Móvel pesado

É cada vez maior o interesse pelos avanços mais recentes dacomputação quântica, ainda que vários desafios precisem ser superados por esses supercomputadores e seus qubits.
Pois um desses desafios, e um dos grandes, acaba de ser superado.
Os computadores quânticos dependem de fótons individuais para guardar, ler, escrever e transmitir seus dados.
Ocorre que produzir e controlar fótons individuais - essencialmente a menor unidade de energia - é complexo, demorado e exige um aparato de laboratório virtualmente à prova de vibrações.
Uma mesa de granito de meio metro de espessura e algumas dezenas de toneladas é bom o suficiente.
Mas não seria o móvel mais adequado para colocar em sua casa quando chegar o dia em que você poderá comprar seu PC quântico.

O chip recebe os fótons e os libera devidamente entrelaçados, sem a necessidade de qualquer outro circuito externo. [Imagem: UToronto


Tecnologias quânticas
Agora, a equipe do professor Amr Helmy, da Universidade de Toronto, no Canadá, acaba de dar vida nova à sua velha escrivaninha de MDF.
Eles criaram um dispositivo eletrônico integrado - um chip, para resumir - capaz não apenas de produzir fótons individuais, mas de produzi-los já entrelaçados.
O entrelaçamento permite que duas ou mais partículas compartilhem suas propriedades mesmo sem qualquer ligação física entre elas.
O que hoje exige a tal mesa de granito e um não menos volumoso conjunto de lentes e espelhos finamente ajustados agora pode ser gerado inteiramente dentro de um único chip.
"Nosso trabalho abre a possibilidade de levar o potencial das poderosas e ainda subutilizadas tecnologias quânticas para os produtos comerciais, fora dos laboratórios," afirmou o professor Helmy.

Fotônica integrada
Outra equipe apresentou recentemente um equipamento similar, que eles chamaram de chip fotônico quântico multiuso.
Mas o chip do professor Helmy tem a vantagem de ser um chip mesmo, no sentido tradicional do termo, permitindo a conexão de outros componentes e a interligação dos fótons produzidos com outros equipamentos.
Isto torna possível ter todos os equipamentos tradicionalmente existentes em um laboratório dentro do mesmo chip.
E colocá-los lá é a próxima meta da equipe.


Bibliografia:

Monolithic Source of Photon Pairs
Rolf Horn, Payam Abolghasem, Bhavin J. Bijlani, Dongpeng Kang, A. S. Helmy, Gregor Weihs
Physical Review Letters
Vol.: 108, 153605
DOI: 10.1103/PhysRevLett.108.153605



SITE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA. Chip gerador de fótons tira computador quântico do laboratório. 03/05/2012. Online. Disponível em www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=chip-gerador-fotons-tira-computador-quantico-laboratorio. Capturado em 04/05/2012.