quinta-feira, 17 de maio de 2012

Escolas criam redes sociais próprias para interagir com Alunos


A notícia é de novembro de 2011 mas valhe em muito repeteco, isso pelo fato que grande parte dos alunos estão apenas atrelados as redes sociais convencionais. Prefiro falar que são redes sociais usadas apenas para armazenar e manipular os dados pessoais e que em nada contribui com o enriquecimento dos cidadãos em salvaguarda em com algumas exceções.


Além de Orkut, Facebook e Twitter, os alunos da Escola Parque, no Rio de Janeiro (RJ), tem mais uma rede social para administrar durante o dia: a EP2, que reúne somente estudantes e professores do colégio carioca. Com a presença de mais de 700 usuários, o espaço facilita a comunicação entre colegas, educadores e também preserva a participação dos alunos mais novos na internet.
Atualmente, a maioria das escolas usam comunidades em redes sociais abertas, como Orkut e Facebook, para se comunicar com os estudantes. Contudo, a direção da escola Parque começou a receber reclamação dos pais, que muitas vezes não permitiam que seus filhos frequentassem todos os ambientes da internet. "Depois de muitas reuniões nós decidimos criar uma rede somente para a população do colégio", conta Giocondo Magalhães, coordenador do ensino fundamental II (da 6ª série à 9ª).
A criação da rede foi feita juntamente com os alunos e professores, que opinaram no design, organização do site e aplicativos essenciais. "Funciona como qualquer outra rede. Tem espaço para criação de perfil, fóruns de discussão e até mesmo bate-papo", conta Magalhães.
Lançada em abril deste ano, cerca de 1,3 mil estudantes foram convidados para entrar na rede, que pode ser acessada somente por quem é da escola e com senha individual. O coordenador do ensino fundamental conta que a direção discutiu muito se o site deveria ser aberto para todos os alunos do colégio. "Percebemos que seria mais seguro trabalhar com os estudantes a partir do ensino fundamental II. A maioria das redes só aceitam usuários maiores de 13 anos, a EP2 aceita a partir dos 10", explica.
Antes de abrir o site para os alunos, discussões sobre público e privado foram trabalhadas em sala de aula. "Fizemos palestras para todos os alunos da escola, explicando questões de privacidade e comportamento em redes sociais. Além disso, ensinamos a navegar na ferramenta", afirma.
Magalhães diz que os resultados já são visíveis. "Muitos professores postam vídeos que vão ser trabalhados em aula mais tarde, por exemplo. Outros recomendam livros, links e sites que complementam o conteúdo estudado", conta. O público que mais faz uso do meio virtual da escola são os estudantes com menos de 14 anos. "Temos um total de 700 participantes, sendo que a grande massa é do ensino fundamental. Isso acontece porque nessa idade a maioria dos pais ainda não permite que eles acessem sites como Facebook, por exemplo."
Apesar disso, o coordenador pedagógico conta que diversas interações sociais interessantes já foram observadas. "Vemos alunos fazendo trabalho em grupo a partir da rede, outros que faltaram aula pedindo para os colegas o conteúdo que foi passado e também a criação de diversos fóruns de discussão", conta, citando o fórum aberto por uma aluna que discutia se a escola deveria ou não trocar os livros didáticos por tablets.

Universidades também apostam em plataforma interna
A criação de rede interna também é aderida por instituições de ensino superior, como a Universidade Federal Fluminese (UFF), a Universidade Federal do Rio de Janeiro (Uerj) e a Faculdade de São Vicente (UNIBR), que criou o site Unielo, voltado para o relacionamento entre alunos, ex-alunos e professores da universidade.
Além de permitir uma rede de relacionamento somente para quem é da universidade, essas ferramentas disponibilizam conteúdos relacionados às aulas, como vídeos, textos e apresentações complementares, além de fóruns de discussão e material de base para provas, trabalhos e projetos acadêmicos.
Para José Armando Valente, pesquisador do Núcleo de Informática Aplicada à Educação da Universidade de Campinas(Nied-Unicamp), a criação de uma rede social própria é uma opção interessante para as instituições de ensino. Contudo, alerta para o fato de que a criação deve ter um objetivo pedagógico claro. "É essencial relacionar a rede com conteúdo escolar e preparar os professores para trabalharem com isso. Criar uma rede somente para comunicação é desnecessário, já que os estudantes podem encontrar isso em outros sites", diz.


FONTE - Site NOTÍCIAS TERRAEscolas criam redes sociais próprias para interagir com alunos.  25/11/2011. Online. Disponível Em  http://noticias.terra.com.br/educacao/noticias/0,,OI5487476-EI8266,00.html Capturado em 17/05/2012. 

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