A cidade do Rio de Janeiro vai sediar, nos dias 18 e 19 de novembro, a
conferência mundial sobre tecnologias emergentes, conhecida como
EmTech. O evento reunirá especialistas brasileiros e estrangeiros que
debaterão as mudanças tecnológicas com cerca de 800 cientistas,
empresários, empreendedores, inovadores e pesquisadores.
O EmTech, organizado pela MIT Technology Review,
publicação do Massachusetts Institute of Technology, ocorre também nos
Estados Unidos, no México, na Colômbia, no Equador, na Espanha, em
Cingapura e Hong Kong.
Ao lançar hoje (26) a capital fluminense
como sede da primeira edição da conferência no Brasil, o presidente da
Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Luís Fernandes, disse que a
EmTech tem um simbolismo importante, porque a construção do futuro pede
políticas públicas de longa duração, que possam gerar resultados para a
sociedade brasileira e que concebam a inovação em todo o espectro.
De
acordo com Luís Fernandes, as tecnologias emergentes e os
empreendedores jovens são a combinação do futuro, porque enfrentamos o
“desafio da inovação, em um país que ainda tem baixa propensão à
inovação e ao risco, e tende a optar por soluções fáceis e conservadoras
e, por isso, não são efetivas alavancas da construção do futuro”.
Para
o presidente da Finep, o Massachusetts Institute of Technology (MIT)
traz uma referência global de reflexão sobre tecnologias emergentes, ao
mesmo tempo em que é um “partícipe ativo da construção de ecossistemas
de inovação, antenados com a visão de construção de futuro”.
Já o
vice-presidente do MIT, Israel Ruiz, disse, sobre a importância de se
investir em capital humano e em projetos inovadores locais, que “a
tecnologia pode transformar vidas". Segundo Ruiz, a tecnologia gerou
mudanças essenciais em todas as indústrias e chegou a hora de priorizar
as mudanças na educação de qualidade em todo o mundo.
Ao falar
sobre a conferência, a diretora da EmTech Brasil e da MIT Technology
Review, Cecilia Nicolini, destacou que a EmTech pretende ser um espaço
para criar e para pensar. Segundo ela, as pessoas, por meio da
tecnologia, podem resolver problemas que ainda não têm solução.
A
diretora lembrou que um dos programas do MIT, voltado para a criação de
uma comunidade global que cria e usa tecnologia para desenvolver
soluções para problemas mundiais, ocorreu no ano passado no Brasil.
“Foram incríveis os projetos que recebemos. O sistema de empreendedores e
inovação que vocês têm aqui no Brasil é ótimo”, disse.
De acordo
com Cecilia Nicolini, a EmTech tratará de tecnologias que vão mudar o
mundo nos próximos anos. Entre elas, a biotecnologia, a educação do
futuro, o abastecimento de água e os desafios da medicina. Durante o
encontro, será premiada a segunda geração de jovens talentos inovadores
brasileiros com menos de 35 anos. Haverá ainda um fórum de
investimentos, para fazer a conexão das startups (empresas emergentes) brasileiras inovadoras com potenciais investidores.
Um
dos premiados no ano passado pela MIT Technology Review foi Eduardo
Bontempo, criador da plataforma Geekie Lab, que desenvolve tecnologia
para educação, a partir de inteligência artificial. A empresa
personaliza o ensino em escolas e universidades em função das
necessidades de cada aluno. Bontempo disse que para o desenvolvimento do
negócio, o impacto do prêmio foi super relevante. "Dá um selo de
credibilidade”, destacou. Segundo ele, além de imprimir mais qualidade
ao projeto, a premiação ajuda a dar visibilidade e a atrair novos
talentos para a empresa.
SITE EBC. Rio vai sediar conferência global que discute novas tecnologias. 28/08/2015. Online. Disponível
em http://agenciabrasil.ebc.com.br/pesquisa-e-inovacao/noticia/2015-08/rio-vai-sediar-primeira-edicao-da-emtech-conferencia-global-de. Capturado
em 04/09/2015.
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