sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Brasil terá geração distribuída de energia Fotovoltaica


Energia solar no varejo
O Brasil não verá surgirem, tão cedo, grandes "fazendas" de captação de energia solar para geração centralizada de eletricidade, como as que já existem nos Estados Unidos, Ucrânia, China e, principalmente, na Alemanha.
A geração fotovoltaica - pela qual a luz do Sol é convertida diretamente em energia elétrica - deve ganhar espaço na matriz brasileira nos próximos anos, mas de modo mais sutil.
De acordo com Roberto Meira Júnior, coordenador-geral de Fontes Alternativas e Renováveis do Ministério das Minas e Energia (MME), "a previsão [no Brasil] é adotar o modelo de geração distribuída", no qual os painéis fotovoltaicos são instalados nos telhados de casas ou outros tipos de edifício, gerando eletricidade de baixa ou média tensão que é, então, inserida na rede, e não o modelo de geração centralizada, no qual grandes áreas de solo são cobertas por painéis solares.
"A energia fotovoltaica vai acontecer no Brasil", disse ele, ao falar durante o 4º Congresso Brasileiro de Energia Solar e 5ª Conferência Latino-Americana da Sociedade Internacional de Energia Solar, evento realizado no Memorial da América Latina na última semana. "Mesmo porque, a lei exige a diversificação das fontes. Mas a mesma lei também exige modalidade tarifária, e a fotovoltaica impacta na tarifa".
Meira Júnior disse ainda que o governo não pretende realizar, por ora, um leilão para compra de energia fotovoltaica, embora acrescentando que algo assim poderá ocorrer no "médio prazo", sem dar mais detalhes.
Custos e China
Números apresentados durante o evento por Juarez Lopes, da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), indicam que, enquanto a geração solar centralizada ainda se mostra cara demais para a realidade brasileira, com um custo estimado de R$ 300 a R$ 400 por megawatt-hora - ante cerca de R$ 100 cobrados, hoje, pela energia eólica - a geração distribuída já pode ser economicamente compensadora em algumas partes do Brasil.
Conclusão semelhante foi apresentada por Ricardo Rüther, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
Tanto Lopes quanto Rüther, no entanto, apontaram algumas dificuldades para que o cenário de geração distribuída se consolide no País.
Mesmo reconhecendo as vantagens naturais do Brasil para a adoção desse tipo de geração elétrica, como a alta incidência de luz solar ao longo de todo o ano em vários Estados e a abundância do silício, matéria-prima dos coletores solares, Lopes falou do desafio que a produção de insumos para a geração fotovoltaica representa para a política industrial brasileira: "A China produz 32 vezes mais painéis do que consome. O governo está interessado em desenvolver a indústria nacional, o que é difícil, porque a China tem a capacidade de produzir muito, e produzir barato".
Ele também disse que a instalação de geradores fotovoltaicos domésticos, hoje, só seria interessante para pouco mais de 2% dos domicílios nacionais, que são os que consomem eletricidade em quantidade suficiente para viabilizar a instalação do sistema. "O brasileiro, em média, ainda consome muito pouca eletricidade", afirmou.
Melhor que poupança
Rüther, por sua vez, apresentou dados de uma tese de doutorado que sugerem que, para uma residência de Belo Horizonte, pode ser mais vantajoso, em termos econômicos, investir dinheiro num sistema fotovoltaico - e colher a economia na conta de luz - a deixá-lo rendendo juros na caderneta de poupança.
Mesmo assim, o pesquisador da UFSC apontou obstáculos ao uso da energia fotovoltaica no Brasil, como a legislação atual do setor energético e a necessidade de financiamento para o capital necessário à montagem dos sistemas fotovoltaicos em imóveis residenciais ou comerciais.
Fernando Ramos Martins, pesquisador do Instituo Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que ao lado do colega do Inpe Enio Bueno Pereira e de dois pesquisadores da Universidade de Oldenburgo, na Alemanha, apresentou alguns trabalhos sobre a importância estratégica da meteorologia com o aumento do uso do sol e do vento na matriz energética, comentou com a reportagem o que acredita estar faltado para que o Brasil decole no setor da energia solar: "Precisamos de mais mão-de-obra qualificada".

FONTE - SITE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA. Brasil terá geração distribuída de energia fotovoltaica. 28/09/2012. Online. Disponível em www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=geracao-distribuida-energia-fotovoltaica. Capturado em 03/10/2012. 

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Cartilha gratuita dá dicas de segurança em redes sociais.


Sociabilidade segura
O Centro de Estudos, Resposta e Tratamento de Incidentes de Segurança no Brasil (CERT.br), lançou um fascículo e slides com dicas de segurança recomendadas para usuários de redes sociais.
Assim como a cartilha completa, o fascículo é ilustrado e está disponível também em formato PDF.
Para facilitar a discussão do assunto, o material é acompanhado por slides, licenciados sob Creative Commons, e pode ser usado livremente para divulgar sugestões e boas práticas.
O objetivo é mobilizar escolas, educadores e pessoas interessadas para que divulguem o material entre crianças e adolescentes.
De acordo com o CERT.br, esse público é parte da audiência dos sites de redes sociais e é importante que seja orientado para fazer o melhor uso das ferramentas, sem colocar em risco a privacidade e a segurança.

Riscos e cuidados
"O acesso às redes sociais faz parte do cotidiano de grande parte da população e, para usufruir plenamente delas, é muito importante que os usuários estejam cientes dos riscos que elas podem representar e possam, assim, tomar medidas preventivas para evitá-los", disse Miriam von Zuben, analista de Segurança do CERT.br.
A cartilha e fascículo podem ser obtidos nos endereços http://cartilha.cert.br/fasciculos ehttp://cartilha.cert.br.

FONTE - SITE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA. Cartilha gratuita dá dicas de segurança em redes sociais. 04/09/2012. Online. Disponível em www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=cartilha-dicas-seguranca-redes-sociais. Capturado em 14/09/2012. 

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Tinta de caneta coloca 10 vezes mais energia em Supercapacitores


Supercapacitores
Um supercapacitor de fibras de carbono soa como algo pleno em tecnologia.
E é. Mas o mais surpreendente é o material e a técnica usados para fabricar uma nova versão superpotente desse já potente acumulador de energia: tinta de caneta comum.
Supercapacitores são dispositivos que armazenam energia, como as baterias, mas podem liberá-la toda praticamente de uma vez só.
Isso é muito útil para equilibrar a carga nas redes de distribuição elétrica, mas também poderá fazer a diferença na aceleração dos carros elétricos.
Como são flexíveis e podem ser fabricados em qualquer formato, os supercapacitores poderão ser úteis também para armazenar energia na lataria dos carros, em vez de em pesadas baterias.

A fibra lisa de carbono (b) ganha uma enorme área superficial com a adição da tinta (c). [Imagem: Fu et al./Advanced Materials]



Área da tinta
Yongping Fu e seus colegas da Universidade de Pequim, na China, tornaram essas possibilidades ainda mais promissoras ao constatar que a tinta comum de caneta é rica em nanopartículas de carbono, perfeitas para armazenar energia.
Como são minúsculas, elas resultam em eletrodos de carbono com uma área superficial disponível para armazenar energia que chega aos 27 metros quadrados por grama de tinta.
Os pesquisadores chineses construíram seu supercapacitor usando a tinta para colorir finíssimas fibras de carbono.
Para aumentar ainda mais a densidade, as fibras foram aglomeradas usando um espaçador em formato de parafuso para mantê-las afastadas umas das outras.
Depois de acrescentar o eletrólito, tudo foi empacotado em um invólucro plástico flexível. O novo supercapacitor de tinta de caneta consegue armazenar 10 vezes mais energia do que os supercapacitores de fibras de carbono comuns, sem a tinta.

Energia portátil
Enquanto as baterias armazenam energia em íons carregados, separados de seus parceiros químicos no eletrodo negativo, os supercapacitores utilizam o fluxo de corrente para forçar os elétrons diretamente de um eletrodo para outro, criando um potencial elétrico que pode ser aproveitado posteriormente. 
É por isso que eles podem liberar a energia tão rapidamente.
Com a miniaturização e o ganho de potência, os pesquisadores chineses afirmam que a tecnologia logo poderá ser utilizada para substituir as baterias em aparelhos portáteis.


Bibliografia:
Fiber Supercapacitors Utilizing Pen Ink for Flexible/Wearable Energy Storage
Yongping Fu, Xin Cai, Hongwei Wu, Zhibin Lv, Shaocong Hou, Ming Peng, Xiao Yu, Dechun Zou
Advanced Materials
Vol.: Article first published online
DOI: 10.1002/adma.201202930




FONTE - SITE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA. Tinta de caneta coloca 10 vezes mais energia em supercapacitores. 08/09/2012. Online. Disponível em www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=tinta-caneta-supercapacitores. Capturado em 11/09/2012. 

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Antena de 1mm aumenta velocidade do Wi-Fi em 200 vezes




Miniantena

Engenheiros de Cingapura criaram uma antena supercompacta, de alto desempenho, capaz de suportar um tráfego de dados 200 vezes maior do que a tecnologia Wi-Fi atual.
A antena é totalmente baseada na tecnologia do silício, o que significa que ela está pronta para ser incorporada nos aparelhos em fabricação.
Segundo os pesquisadores, a antena permitirá, além do aumento da potência, a miniaturização dos aparelhos.
Medindo 1,6 mm x 1,2 mm, ela custa o equivalente a um terço das antenas atuais, mesmo sendo centenas de vezes mais eficiente.
Operando na faixa de 135 GHz, a antena consegue suportar uma velocidade de transferência de dados de 20 Gbps - 200 vezes mais rápido do que o Wi-Fi - o padrão 802.11 suporta dados na faixa dos 100 Mbps.
Segundo os pesquisadores, isto viabilizará a recepção de conteúdos de multimídia, como filmes, apresentações online, teleconferência e entretenimento.

Medindo 1,6 mm x 1,2 mm, a miniantena custa o equivalente a um terço das antenas atuais, mesmo sendo centenas de vezes mais eficiente.[Imagem: AStar]



Antena espiral em cavidade
A tecnologia é conhecida como antena espiral em cavidade, ou CBS (cavity-backed slot).
"Preenchendo a cavidade da antena com polímero, em vez de ar, nós obtivemos uma superfície plana que pode ser processada pela tecnologia padrão," disse o Dr. Hu Sanming, do Instituto de Microeletrônica AStar.
Para demonstrar que a antena funciona em termos práticos, os pesquisadores deram um passo adicional, e integraram-na com os circuitos adicionais para tornar o dispositivo inteiramente contido em um invólucro único, adequado para a fabricação em massa.

FONTE - SITE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA. Antena de 1mm aumenta velocidade do Wi-Fi em 200 vezes. 04/09/2012. Online. Disponível em www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=antena-wi-fi. Capturado em 04/09/2012.