segunda-feira, 29 de julho de 2013

Projeto do Marco Civil muda e permite redução de velocidade de internet.

Este é o grande respeito que o governo nos dá, e pensar que temos uma das piores e mais caras internet do mundo.

As empresas de telefonia brasileiras obtiveram uma grande vitória ao conseguirem emplacar um artigo que as permite restringir a velocidade de internet dos usuários na proposta do Marco Civil da Internet, informa o jornal Folha de S.Paulo neste sábado. 

Pelo texto anterior, estava vedada a prática, adotada atualmente, de oferecer pacotes com limite de acesso a dados em que a velocidade é reduzida quando a franquia estabelecida no contrato é ultrapassada. Segundo a Folha, a mudança foi realizada para tentar garantir a aprovação do projeto, que já entrou na pauta de votações da Câmara dos Deputados seis vezes e nunca foi aprovado. 


FONTE - SITE TERRA. Projeto do Marco Civil muda e permite redução de velocidade de internet.  27/07/2013. Online. Disponível em http://tecnologia.terra.com.br/internet/projeto-do-marco-civil-muda-e-permite-reducao-de-velocidade-de-internet,e4ce321723020410VgnVCM5000009ccceb0aRCRD.html Capturado em 29/07/2013. 

domingo, 28 de julho de 2013

HAARP: o projeto militar dos EUA que pode ser uma arma geofísica.

Futuro da comunicação ou arma de destruição em massa? Saiba o que envolve um dos projetos mais polêmicos do governo americano.

Em 1993, começou a funcionar no Alasca (Estados Unidos) o HAARP, um projeto de estudos sobre a ionosfera terrestre. O HAARP, que significa “Programa de Investigação de Aurora Ativa de Alta Frequência”, visa a compreender melhor o funcionamento das transmissões de ondas de rádio na faixa da ionosfera, parte superior da atmosfera.
Segundo relatos oficiais, o projeto tem como objetivo principal ampliar o conhecimento obtido até hoje, sobre as propriedades físicas e elétricas da ionosfera terrestre. Com isso, seria possível melhorar o funcionamento de vários sistemas de comunicação e navegação, tanto civis quanto militares (o que gera desconfiança em grande parte dos conhecedores do HAARP).
Para realizar estes estudos, as antenas de alta frequência do HAARP enviam ondas para a ionosfera visando a aquecê-la. Assim são estudados os efeitos das mais diversas interações de temperaturas e condições de pressão.

Por que no Alasca?

A criação das instalações foi possível graças a uma parceria entre a Força Aérea Americana, A Marinha dos Estados Unidos e também da Universidade do Alasca. Esta última foi escolhida a dedo, graças à localização: a ionosfera sobre o Alasca é pouco estável, o que garante uma maior gama de condições para os estudos.
Outro fator que pendeu para que os pesquisadores escolhessem o Alasca é a ausência de grandes cidades nas proximidades. Assim, não há ruídos na captura de imagens e sinais, pois os sensores ficam localizados ao alto de algumas montanhas.  Também há informações de que este local sofreria o menor impacto ambiental entre as áreas candidatas a receber o HAARP.

Ionosfera: íons e mais íons

Esta faixa recebe este nome porque é bastante ionizada, ou seja, perde e ganha elétrons com facilidade, o que a deixa em constante carregamento elétrico. O grande agente ionizador da ionosfera é o sol, que irradia muita carga na direção da Terra, mas meteoritos e raios cósmicos também influenciam bastante na presença dos íons.

A densidade dos íons livres é variável e apresenta alterações de acordo com vários padrões temporais, hora do dia e estação do ano são os principais pontos de variação da ionosfera. Outro fenômeno interessante acontece a cada 11 anos, quando a densidade dos elétrons e a composição da ionosfera mudam drasticamente e acabam bloqueando qualquer comunicação em alta frequência.

Reflexão ionosférica

Há frequências de ondas que são, quase, completamente refletidas pela ionosfera quando aquecida pelas antenas HAARP. Os pesquisadores do HAARP pretendem provar que essa reflexão pode ser utilizada como um satélite para enviar informações entre localidades, facilitando as comunicações e também a navegação, melhorando os dispositivos GPS utilizados atualmente.
O problema é que ainda não se conhecem as reais propriedades da reflexão ionosférica. Além disso, há o fato de as propriedades da ionosfera se modificarem durante a noite, por exemplo, quando a altitude dela aumenta e as densidades ficam mais baixas. Essas variações tornam difícil uma padronização para o envio de ondas, independente do comprimento delas.

HAARP: um novo modo de estudo

Há várias formas de estudo das faixas da atmosfera terrestre. Para as camadas mais baixas, até mesmo balões podem ser utilizados para capturar dados sobre diferenças nas condições naturais. A camada de ozônio, por exemplo, é verificada com balões meteorológicos que realizam medições das taxas de radiação que ultrapassam pela atmosfera.

Por ficar muito mais acima, balões meteorológicos e satélites não podem ser utilizados para realizar medições e análises sobre a ionosfera. Por isso o HAARP é tão importante, já que utiliza a maneira mais eficiente de contatar o setor: antenas de emissão de ondas de frequência altíssima.
Os resultados são utilizados para entender como o sol influencia no sinal de rádio em diversas faixas de frequência. Utiliza-se também um “Aquecedor Ionosférico”, conhecido como “Instrumento de Investigação Ionosférica”, ele transmite frequências altas para modificar a ionosfera e entender os processos produzidos em sua composição.

As antenas do Instrumento de Investigação emitem sinais para altitudes entre 100 e 350 Km. Outros aparelhos do mesmo projeto são responsáveis pela recepção dos sinais, interpretando-os e permitindo a criação de relatórios sobre a dinâmica do plasma ionosférico e também sobre a interação entre o planeta e o sol.

Aquecendo a ionosfera: riscos?

O HAARP não é o único aquecedor ionosférico do planeta. Há também um localizado na Noruega e outro na Rússia. Todos eles realizam o mesmo processo: utilizam antenas de alta frequência para aquecer a ionosfera e criar uma aurora artificial.

Essa aurora artificial é muito aquecida, o que pode gerar elevação nas temperaturas em determinadas localidades do planeta. Em uma espécie de efeito estufa ionosférico, locais abaixo da ionosfera atingida pelas antenas do HAARP podem ter suas temperaturas elevadas em alguns graus centígrados.

O outro lado da moeda: as conspirações

Assim como boa parte de tudo o que é produzido sob tutela de alguma das forças armadas norte-americanas, o HAARP também gera uma série de desconfianças por parte das mentes mais conspiratórias. Ameaça global ou apenas melhorias nas tecnologias de comunicação? Confira as teorias de conspiração que envolvem este projeto.

Arma geofísica: a denúncia russa

E nem todas estas teorias surgem de movimentos independentes. A prova disso aconteceu em 2002, quando o parlamento russo apresentou ao então presidente Vladimir Putin documentos que afirmavam veementemente que os Estados Unidos estariam produzindo um novo aparelho, capaz de interferir em todo o planeta, a partir de pontos isolados.

O relatório dizia que o HAARP seria uma nova transição na indústria bélica, que já passou pelas fases de armas brancas, armas de fogo, armas nucleareas, armas biológicas e chegaria então ao patamar de armas geofísicas. Segundo estas teorias, seria possível controlar placas tectônicas, temperatura atmosférica e até mesmo o nível de radiação que passa pela camada de ozônio.
Todas estas possibilidades podem gerar uma série de problemas para as populações atingidas. Atingindo países inteiros, desastres naturais podem minar economias, dizimar concentrações populacionais e gerar instabilidade e insegurança em toda a Terra.

Terremoto no Haiti

Quais seriam os efeitos dos controles de frequência sobre as placas tectônicas? Segundo a imprensa venezuelana a resposta é: terremoto. O jornal “Vive” afirma que teve acesso a documentos que comprovam a utilização do HAARP para manipular a geofísica caribenha e ocasionar os terremotos do Haiti, que causaram a morte de mais de 100 mil pessoas.

Caso esteja se perguntando os motivos para a escolha de um país tão pobre, as teorias conspiratórias também possuem a resposta para esta pergunta. Os Estados Unidos precisavam de um local para testar o potencial de sua nova arma. Os testes oceânicos não davam informações suficientes e atacar os inimigos no oriente médio seria suicídio comercial.
Afinal de contas, terremotos poderiam destruir poços de petróleo muito valiosos. Assim, o governo norte-americano viu no Haiti, um país já devastado, o perfeito alvo para seus testes. Sem potencial econômico e sem possuir desavenças com outros países, dificilmente haveria uma crise diplomática com a destruição do Haiti.

Bloqueio militar

Outra teoria bastante defendida diz que os Estados Unidos poderiam causar um completo bloqueio militar a todas as outras nações do mundo. Causando interferências nas ondas habituais, impedindo que qualquer frequência seja refletida pela atmosfera e até mesmo que dispositivos de localização possam ser utilizados.
Para isso, a defesa norte-americana só precisaria aquecer a ionosfera com seus aquecedores HAARP. Com a potencia correta, todo o planeta ficaria em uma completa escuridão geográfica. Então, apenas quem possui o controle do aquecedor ionosférico poderia ter acesso aos dados de localização e navegação de seus veículos militares.

Também se fala em mapeamentos de todo o planeta em pouco minutos, pois as ondas de frequências extremas poderiam criar relatórios completos de tudo o que existe na superfície terrestre. Elementos vivos ou não, tudo poderia ser rastreado pelas ondas do HAARP. Pelo menos é o que dizem as teorias conspiratórias.

Controle mental

Existem ondas de rádio em diversas frequências, por mais que não sintonizemos nossos rádios para captá-las, elas estão no ar. O som também é emitido em frequências e há amplitudes delas que os ouvidos humanos não são capazes de captar, mas isso não quer dizer que elas não existam. Somando estes dois pontos, temos mais uma teoria conspiratória.
Utilizando uma mescla de ondas de rádio com frequência sonora, os Estados Unidos poderiam manipular a mente coletiva para que algum ideal fosse defendido ou algum governo rival fosse atacado. Enviando as informações para toda a população em frequências que não poderiam ser captadas por aparelhos, não demoraria para que a “lavagem cerebral” estivesse concluída.

Há quem diga que este tipo de manipulação será utilizado em breve no Irã. O governo atual não é favorável às políticas norte-americanas, portanto seria vantajoso que o povo se rebelasse contra os seus líderes. Mensagens antigoverno seriam incutidas na mente do povo iraniano com o auxílio das antenas HAARP.
Nota sobre as teorias conspiratórias
É necessário lembrar que estas teorias são originadas em fontes que, muitas vezes, não possuem informações concretas sobre os assuntos tratados. Logo, a utilização delas neste artigo possui fins ilustrativos e não devem ser encaradas com verdades absolutas.

Pura ficção?

No desenho G.I. Joe: Resolute, o programa HAARP é capturado por vilões que desejam transformar o potencial do projeto em uma arma de destruição em massa. Além dos danos que citamos nas teorias conspiratórias, nesta história as antenas transformavam-se também em canhões de energia.
Enviando enormes quantidades de energia para a ionosfera, que refletia toda a energia, os vilões poderiam acabar com qualquer lugar do planeta, apenas mirando e concentrando o poder energético das antenas de frequências altíssimas localizadas no Alasca.
Quando se fala no mundo real, tudo o que se tem de concreto sobre o HAARP é que estudos são feitos constantemente sobre a ionosfera terrestre para que ela possa ser transformada em uma antena de transmissão de informações, beneficiando as comunicações e sistemas de navegação.

Mas será que é somente para isso que os investimentos bilionários do governo norte-americano estão sendo utilizados? Nunca foram revelados dados concretos sobre o dinheiro empregado no projeto, mas há especulações de que mais de 200 milhões de dólares sejam gastos por ano com as antenas do HAARP.
.....
O que você pensa sobre tudo isso? Será mesmo que as intenções do governo americano são baseadas nos estudos dos benefícios da ionosfera para as comunicações ou isso é apenas álibi para pesquisas sobre armas geofísicas? Deixe um comentário contando o que pensa sobre este poderoso projeto situado no Alasca.


NOTA - O terremoto no Haiti e a chegada rápida do militares americanos fica clara que não foi algo causado pela natureza e sim pelo próprio homem. As tropas brasileiras fixadas no pais como fim pacífico ficou impedida de usar o aeroporto por algum tempo e sabemos que um dos pontos principais de tomadas em um pais é o aeroporto, outro ponto e a entrada de tropas americanas na sede do governo (mesmo que destruída) e com fixação da bandeira, isso se chama tomada/ocupação.







sexta-feira, 26 de julho de 2013

Computador mais barato do mundo poderá ter fábrica no Brasil

O Raspberry Pi, o computador mais barato do mundo, poderá ser fabricado no Brasil para baratear o preço do produto no país.
O RasberryPi é vendido por US$ 35 (R$ 78) no Reino Unido, mas chega ao Brasil custando US$ 85, cerca de R$ 189.
"As taxas de importação do Brasil são quase proibitivas", disse Eben Upton, diretor-executivo do Raspberry Pi Foundation. "Por isso, se conseguirmos produzir o Pi por lá, tornaremos o produto muito mais acessível e poderemos também facilitar a distribuição para toda a América Latina."
Upton diz considerar a região como um mercado prioritário para a distribuição do computador.
Sem fornecer números precisos, Upton disse que atualmente vende "algumas milhares" de unidades do computador no Brasil, o que ele considera pouco diante do tamanho da população, renda média e "entusiasmo dos brasileiros por tecnologia."
Ele afirma que ainda está no estágio de reconhecimento do mercado e que ainda não negociou com possíveis parceiros a fabricação do Pi no Brasil.
O Raspberry não trabalha com governos, mas com as comunidades e escolas, criando uma rede de entusiastas - mais de 1 milhão até agora - que acreditam no produto.[Imagem: Divulgação]

Raspberry PI
O Raspberry PI é um computador de uma placa só, do tamanho de um cartão de crédito, que não possui teclado, mouse, ou monitor.
O Pi, como é carinhosamente conhecido, tem um sistema operacional baseado em Linux, que pode ser trocado por outro software de código aberto.
Segundo Upton, a ideia principal por trás do Raspberry Pi é fomentar a educação.
"Não estamos produzindo engenheiros de computação suficiente no Reino Unido, ou no planeta. Por isso pensamos que poderíamos criar um novo dispositivo para produzir uma nova geração de entusiastas de programação," disse Upton.
Upton diz que o software da placa é atualizado em média a cada dois meses e que não haverá uma nova versão do computador nos próximos dois anos. "Não queremos que as pessoas invistam dinheiro e esforços em um produto que irá expirar em breve. Ainda há espaço suficiente para crescer com o modelo atual, e desafios para serem superados."
Ao nomear sua criação como Raspberry Pi (ou "Framboesa Pi" em português), os fundadores buscaram continuar a tradição de empresas de informática que usam frutas como um nome, como Apple (Maçã) e BlackBerry (Amora).
"Raspberry (framboesa) parecia uma fruta divertida, e projetava a imagem que queríamos. E Pi (além de sua referência ao número) foi uma homenagem à linguagem de programação Python, uma das mais educativas que existe," explicou Upton.
"Espero que em cinco anos ela se torne uma plataforma verdadeiramente útil para que as pessoas façam o que quiser com ela. E espero que o Raspberry Pi esteja presente em muitas casas em países em desenvolvimento," completou.

Caridade tecnológica
Mas apesar de seu tamanho, é um sucesso de vendas para a organização sem fins lucrativos que o criou.
"Até pouco antes do lançamento, nossa ambição era vender mil unidades," disse Upton. "Mas logo antes de lançar, suspeitamos que não seria suficiente, e que teríamos uma demanda maior do que esperávamos."
O maior problema da organização era que eles não estavam preparados para atender uma grande demanda, nem teriam a capacidade de fabricar milhões de unidades em pouco tempo.
"Nós somos uma organização de caridade, não temos muito dinheiro. Não podemos pegar investimento privado, nem vender ações na bolsa de valores", diz Upton. "Por isso mudamos o modelo operacional e nos tornamos uma empresa que licencia o uso da criação."
Assim, com parceiros a bordo, o projeto foi capaz de receber uma boa notícia: 100 mil unidades vendidas no primeiro dia de lançamento, 29 de fevereiro de 2012, e mais de um milhão até o momento. Curiosamente, contou o fundador, 70% das vendas foram fora do Reino Unido, principalmente nos Estados Unidos.

Cérebro para robôs
Duas coisas surpreenderam Upton desde o lançamento do aparelho. Uma delas é o fato de que as pessoas estão usando o Raspberry Pi como uma parte central de novos equipamentos, principalmente de robôs. "Achávamos que as inovações viriam mais do lado de software."
A segunda surpresa foi que, apesar de ter sido criado pensando na educação de jovens e crianças, outras pessoas estão usando o computador. "Pessoas estão se juntando e estão fazendo coisas muito engraçadas com ele".
"Isso pode ser explicado porque, no Reino Unido, há uma longa tradição de ver a computação como algo divertido, algo que você pode usar para inovar e criar coisas incríveis", concluiu Upton. Escolas
O projeto para levar o Raspberry Pi às escolas também está progredindo. O escritório do Google no Reino Unido, por exemplo, concedeu um subsídio de US$ 1 milhão para distribuir o computador em milhares de escolas.
Ao contrário do projeto One Laptop Per Child ("Um computador por criança" em tradução livre), criado por duas ONGs norte-americanas para supervisionar a facilitação de dispositivos educacionais para países em desenvolvimento, o Raspberry não trabalha com governos, mas com as comunidades e escolas que vêm a eles, criando uma rede de entusiastas que acreditam no produto.




FONTE - SITE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA. Computador mais barato do mundo poderá ter fábrica no Brasil. 18/07/2013. Online. Disponível em www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=computador-mais-barato-do-mundo. Capturado em 26/07/2013. 

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Cancelamento de Indicativo

Informo a todos os colegas que cancelei meu indicativo de chamada este PY1ET, o blog permanecerá com o nome até o fim do ano e após irá ser retirado do ar.

Agradeço a todos que sempre me prestigiaram seja na QRG ou por este canal .

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Alunos da UnB criam microssatélite para mapeamento terrestre.

Dispositivo vai subir 30 km de altura do solo e tirar fotos da superfície. Aluno que lidera projeto já estagiou na Nasa e ganhou viagem ao espaço.


O aluno de Engenharia Elétrica Pedro Henrique Dória, com o projeto de microssatélite que está sendo desenvolvido por estudantes da UnB (Foto: Isabella Formiga/G1)
Alunos da Universidade de Brasília (UnB) estão desenvolvendo um projeto inédito no país: a construção de um microssatélite, pouco maior que uma lata de refrigerante, que, pendurado a um balão de hélio, vai subir 30 quilômetros de altura do solo para coletar informações climáticas e tirar fotos da superfície terrestre.
Líder da equipe, Pedro Henrique Dória, de 21 anos, disse que a ideia de criar o dispositivo para o trabalho final de graduação surgiu da vontade de unir dois projetos espaciais: o balão atmosférico e o CanSat, que significa "satélite de lata". Pedro explica que o LaiCanSat1, como foi batizado o projeto, não atinge a órbita da terra, mas é chamado de microssatélite porque realiza propósitos semelhantes.
O dispositivo será equipado com uma câmera fotográfica, um GPS, sensores meteorológicos de umidade, temperatura, pressão e nível ultravioleta. A maior inovação do LaiCanSat1, no entanto, é que ele terá dois motores para controlar o parapente, o que permitirá direcionar por quais pontos o microssatélite vai passar e, principalmente, determinar seu local de queda.
Pedro diz que duas vezes por dia, em Brasília, são lançadas sondas meteorológicas que chegam a 30 quilômetros de altura. "O balão estoura e elas caem de paraquedas, mas não se sabe onde elas vão parar”, diz. “Isso é um problema, porque podem cair no lago, em casas, em qualquer canto. Isso impede que sejam embarcados sensores mais precisos, já que são mais caros.”
O LaiCanSat1 será lançado na região de Vila Boa, em Goiás, onde a concentração de rotas aéreas é pequena. O grupo já solicitou autorização da Força Aérea Brasileira para soltar o balão com o dispositivo, o que deverá acontecer em agosto. Após o lançamento, a localização do microssatélite será transmitida através de sinais de rádio. Um grupo vai esperar no local por cerca de três horas pela descida do dispositivo para recolher as informações e imagens coletadas.
“Será possível juntar todas as fotos tiradas pelo dispositivo em um software, borda com borda, e gerar um mapa gigante”, diz Pedro. “A partir desse mapa é possível determinar áreas desmatadas, fazer controle de produção agrícola, de incêndios, observar o nível de rios, a ocupação urbana, e diversas aplicações que hoje a gente usa o satélite para fazer, mas que é muito caro. É possível ter informações muito mais atualizadas.”
Para desenvolver o projeto, Pedro conta com a orientação do professor do Departamento de Engenharia Elétrica, Renato Borges, e de alunos e professores das disciplinas de Engenharia Mecânica, Engenharia Aeroespacial e Física.
Experiência 
Apesar da pouca idade, Pedro tem bastante experiência na área espacial. No ano passado, ele estagiou durante nove meses em um centro da NASA, nos Estados Unidos, e hoje é estagiário da Agência Espacial Brasileira.

Em abril, Pedro venceu a promoção internacional de uma empresa áerea holandesa que tinha como prêmio uma viagem ao espaço - foi ele quem deu a previsão mais acertada sobre o ponto e a altitude atingida no espaço por um balão lançado no Deserto de Nevada, nos EUA. A viagem está marcada para o início de 2014.